segunda-feira, 23 de julho de 2012

É o sentido


"(...) com um desânimo, vontade de dizer rápido qualquer coisa como olha, você me desculpa, mas estou mesmo muito cansado, fica para outro dia, para outra noite, outro tempo, outra vida."
(Caio Fernando Abreu - Caio 3D: o essencial da década de 1990 - página 74)

sábado, 21 de julho de 2012

Cabeça.. cabeça :P

"Gosto dos gostos que a gente tem quando se lambe em desgoverno de desejo. Meus poros, teus poros se abrem_ gotículas de sal do nosso suor, nosso tempero emocional de urgências. Gosto das fantasias que nos governam e das travessuras entre os lençóis, das nossas loucas experiências. Dos torpedos pornográficos ao longo do dia, do nosso sol intenso, nossas tempestades, nossa ventania. Gosto do jeito fervoroso em que começamos o dia. Gosto das tuas habilidades de amante veterano e da doçura de menino febril e carente, gosto do meu pescoço entre os teus dentes. Gosto da tua voz ao telefone, ao pé do ouvido, na gravação daquele vídeo. Gosto de cada bobagem que nos faz rir, do papo cabeça antes de dormir, da poesia inaugurando o dia, gosto dessas nossas sintonias. Gosto do sexo no chuveiro, do sofá molhado, do olhar convidativo cheio de malícia ( no futuro cinema). Gosto de adormecer e despertar com tuas carícias. Gosto dessa sacanagem cheia de ternura e afeto, dessa vadiagem, desse nosso amor indiscreto. Gosto de sentir teu hálito, de beber teu cheiro, de morder tua orelha. Gosto de saber que você gosta de gostar de mim assim: meio insana, um pouco insone, um tanto irritadiça, leal, fiel, facilmente excitável... Gosto de ser tua delícia."


(Marla de Queiroz com uma pitada minha)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

E pra alegrar o dia...

Bem por ai..


Tenho tentado não agir por impulso. E vejo com clareza, após pensar, repensar e estudar os vários ângulos possíveis de uma situação, o que devo remover e acrescentar na minha vida. Infelizmente, isto também inclui pessoas. E pessoas que, em determinado momento, tiveram uma importância primordial na minha existência. Mas eu mudei, elas mudaram. E não foram apenas as idiossincrasias que nos afastaram, mas simplesmente, ter valores que não se casavam mais, desconfortos maiores que alegrias, disputas estéreis, uma necessidade insaciável de despertar emoções negativas, e um vácuo enorme onde havia abraço. Onde havia amor (?).

Não foi fácil, não tem sido, mas tenho me sentido mais coerente com as coisas que me propus a viver. Com as coisas que eu tenho para dar e derramar. Com o espaço que abro para o tipo de relações de trocas reais, de afetos sinceros, de atitudes maduras, de comportamentos honestos. Não quero amar apenas quem é amorável, quero amar quem merece ser amado. Por causa e apesar de. E eu brindo o que é recíproco mesmo que não seja idílico. Tenho plena consciência de que na diferença que o Outro me traz é que aprendo, mas que venha com transparência. Eu prezo pessoas de verdade, estas me são caras. Os fakes eu respeito e deixo que sigam. Não há problema nenhum em nada e ninguém, desde que eu saiba que sobre a minha vida, a mim me cabem as escolhas. E eu dou o meu melhor e mereço receber o melhor também.

E todo este meu trabalho interno poderia ser resumido assim: eu quero crescer para mim mesma.



Marla de Queiroz